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A História

Junto à Serra de Penha Garcia e à margem direita do Rio Erges, que aqui delimita a fronteira luso-espanhola, encontramos as Termas de Monfortinho e a sua nascente de água mineral da Fonte Santa, cuja exploração do manancial já é conhecida desde o período romano, embora não exista qualquer prova que sustente esta teoria.

 

As primeiras referências efetivas a estas águas termais surgem com Ribeiro Sanches, célebre médico natural de Penamacor, que, no século XVIII, descreve as qualidades terapêuticas destas águas. Também Francisco da Fonseca Henriques, médico de D. João V, no seu Aquilégio Medicinal, refere estas caldas e os seus efeitos milagrosos, na cura de males articulares, da pele, do sistema digestivo e hepático, do sistema reprodutor feminino e do foro psiquiátrico.
 

Durante séculos, esta água mineral, que brotava num local desértico, foi livremente utilizada por gentes de ambos os lados da fronteira, para a cura de diversas patologias, embora as infraestruturas existentes fossem muito deficitárias. Para os banhos, era utilizada uma pequena casa, erigida em granito, intitulada de Casa do Banho Público, de condições muito débeis e arcaicas.

A Casa do Banho Público viria a ser demolida, no início do século XX, aquando das obras de remodelação, levadas a cabo pela Companhia das Águas da Fonte Santa de Monfortinho, que obteria a exploração destas termas.

 

A Companhia das Águas da Fonte Santa de Monfortinho seria fundada em 1907, por 32 sócios, sendo o seu grande impulsionador José Gardete Martins, médico e diretor clínico vitalício destas Termas. Com esta fundação, terminava o livre acesso da população a este manancial, ocorrido durante séculos, iniciando-se a empresarialização da sua exploração. Durante o período da I Guerra Mundial, as Caldas de Monfortinho conheceram um período de grave crise compensado, contudo, durante os anos da Guerra Civil Espanhola e da II Guerra Mundial, período durante o qual se observou um grande incremento do número de banhistas.

 

Em 1935, durante o período inicial do Estado Novo, seria constituída uma nova sociedade, formada por novos sócios, que manteria a mesma designação. Esta nova sociedade era encabeçada pelo Conde da Covilhã, Júlio Anahory de Quental Calheiros, e pelo Visconde de Guilhomil, Ruy Vieira Peixoto de Villas Boas.

Em 1940, seria construído o grande balneário, com todas as infraestruturas, que ainda conhecemos, assim como um hotel, o Hotel da Fonte Santa.

 

Em 1989, são reconhecidas, por despacho da Direção Geral de Saúde, as propriedades terapêuticas das águas termais e, em 2008 (a 19 de Março), foram adicionadas, ao despacho conjunto da Direção Geral de Saúde, novas funções e terapias para as águas das termas: doenças metabólico-endócrinas, reumáticas e músculo-esqueléticas, aparelho circulatório, aparelho nefro-urinário e aparelho respiratório.

 

O belíssimo balneário das termas, inaugurado em 1940, foi sujeito, em 2001, a uma profunda remodelação, efetuada pelo Arquiteto José Luís Teixeira Pinto, que reorganizou e modernizou toda a infraestrutura, criando um novo ambiente de bem-estar, com áreas modernas de repouso e relaxamento.

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As Termas de Monfortinho proporcionam uma oferta de tratamentos mais funcional e melhor adaptada à crescente procura de uma faixa de utentes, que vê, nos balneários termais, um papel importante na recuperação do equilíbrio físico e psíquico, após meses consecutivos de uma vida citadina.

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Fotografias: Postais antigos editados pela Companhia de Monfortinho - Anos 1940s

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